sábado, 11 de setembro de 2010

Sinos de Maio





Perfume de prece nos ares de maio!
As flores campestres despertam do sono,
pequena grandeza elevada num trono
tal qual claridade invisível dum raio.

A chuva molhando o sol frio em desmaio
oscula em orvalho o fiel abandono,
pois tudo que medra despenca no outono
que passa trincando o seu cálice gaio.

Das flores ao tempo, ao vento dançante...
Que dizem as pétalas rijas que calam?
Não ouço o aflito suspiro rasante

no cheiro do corte que à morte exalam!
O campo é um tapete de cores pulsantes
que ao fim se evaporam, se extinguem, se alam.


 CharleSanctus



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Um comentário:

  1. Amei a imagem.E o texto também.
    Só no fim que a imagem desfigurou-se e não traduziu mais o que estava escrito.
    Que bom voltar aqui.

    bj.

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