Entravam
pelo brilho da janela
senis inquirições;Minha face de madeira
falava aos móveis...
Mudava os objetos
na espera das mudanças.
Entre a sala,
dois receios vis
formando um uni-verso:
“Ser ou não ser...” e “Ser o não-ser...”
Sussurrava na entranha um grito
e na chaleira
transpirava a borra.
“Seria o tal retrato sobre a mesa,
ou a moldura de miragens
Na parede?”
Não importava mais.
A ladradura continuava...
Nada calaria a antiga mordaça
de nunca ter sido.
CharleSanctus
uni-verso
ResponderExcluirdescobrir novas palavras em uma única só
re-significar
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ResponderExcluir"Sussurrava na entranha um grito
ResponderExcluirE transpirava na chaleira a borra."
Charles... meu querido, penso tanto sobre
essa pena com que tu tens na mão, quando
escreve um poema... sei que é uma tenaz
de um anjo... mas as vezes desconfio que
meu anjo lhe sede uma tenaz de suas asas
e por isso o que tu escreves me descreve
e choro, lágrimas de quem foi cortada ao
fio da navalha ou mais certo dizer ao fio
da pena do meu poeta... e o grito do meu
silêncio que tem ecoado no peito, agora
vem pra fora em um único gemido fatiado
em gotas que deslizam pela face...
ser o não-ser :D
ResponderExcluiradorei, muito bom. especialmente os ultimos versos.